Espaços Vazios.
Saudades do Passado?
Ou ansiedade pelo Futuro?
Raiva por aquilo que tenho suportado.
Ou das noites que caminhei pelo escuro?
Saudades de um Sonho ou de uma Memória?
Saudades de algo? Saudades de uma victória?
Caminho de cabeça erguida.
Das pegadas, do pó, sairá um rumor de glória?
Ou sairá apenas um rumor de uma vida perdida?
Perguntas que faço todos os dias, sem parar.
E apesar disto, ainda consigo me lembrar.
Como aquela memória costumava-me fazer sorrir.
E eu dava tudo para ter uma oportunidade.
De fazer parar o tempo e não o deixar andar.
Ou de o fazer voltar atrás e repetir aquela memória.
Vezes sem conta, só para me voltar a alegrar.
Todos estes sinais que te estou a mostrar.
Contam-te a história escondida de quem eu sou.
Já tive em tantas histórias, de rir, de chorar.
De doença, de saudade.
De amor e de amizade.
E destas histórias todas, de todos os caminhos que passei.
De todos os problemas que ultrapassei.
Foi como desenhar numa folha de papel.
A minha vida, a minha Torre de Babel.
Sem rascunhos, esboços ou apagador.
A seguir em linha recta, sem tirar nem pôr.
Ajudando outros, tentando fazer o bem.
E com o tempo, de um rapaz, um Homem vem.
Usando as lições que aprendi.
Os conselhos que ouvi.
Tudo o que vi.
E de tudo o que sou, a Deus dou graças.
Porque de tudo o que Criou,
Terra, água, planetas, gravidade, raças.
Deu me uma chance de respirar.
Viver, aprender e experimentar.
Correr, rir, comer, saltar.
Mas, neste momento estou numa estrada desconhecida
Sem saber o que fazer comigo e com a vida.
Sozinho, a procurar a esperança que à muito desapareceu.
A procurar a alegria de viver que se desvaneceu.
Pelas tempestades e as estações.
Pelo Sol, chuvas e neves
Por lágrimas e questões.
Por momentos difíceis, outros leves.
Como sentado num banco enquanto chove.
À espera de respostas enquanto o Mundo se move.
Pensando que continuarei a tentar procurar.
Em todos os sonhos ou memórias, algum lugar.
E quando abro os olhos e no céu procuro.
Olhando para as estrelas que a noite iluminam.
O vasto céu, grande e escuro.
Procuro uma força para continuar a caminhar.
Para ter esperanças, e para pensar.
Que qualquer dia, tudo irá mudar.
E quando esse dia chegar.
Espero ter força suficiente para acreditar.
Que será que isto tudo foi um sonho?
Ou será que ainda estou a sonhar?
Entretanto, o céu já está a mudar de cor.
Também tenho que me ir embora, seja como for.
Já está quase a amanhecer.
O Sol está a nascer.
Mas sinto que o Inverno está quase a voltar.
Porque retiro-me enquanto ainda há luar.
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